• 08 de fevereiro de 2018, 09:51
  • Aumentar Fonte
  • Diminuir Fonte
  • Imprimir Contéudo

Saúde Caixa

No último dia 26, a CGPAR publicou as resoluções 21, 22, e 23 que afetam a vida de trabalhadores de 147 empresas estatais, entre elas a Caixa. É mais um duro golpe nos bancários da CAIXA, desta vez por meio do Saúde Caixa, uma das principais conquistas dos funcionários da ativa e aposentados do banco.

Conforme estatuto aprovado recentemente, o teto para os gastos com o plano de saúde, foi estipulado em 6,5% da folha de pagamento e proventos, excluída a parcela do INSS repassada pela Funcef – o fundo de previdência complementar dos empregados. As resoluções, no entanto, impõem como limite as despesas que a empresa teve com saúde no ano anterior acrescidas de 10%, ou 8% da folha, o que fosse menor.

Neste caso, para o Saúde Caixa ele poderá ser menor ainda que a determinação do estatuto, a depender do valor a ser apurado em 2017. Essa mudança nas regras vem no bojo dos ajustes trazidos pela Emenda Constitucional 95 – do teto dos gastos federais – que não apenas corta gastos mas congela por até 20 anos os investimentos da União em diversas áreas, principalmente sociais, afetando principalmente a saúde e a educação.

Contando todas as 147 estatais, são mais de um milhão de vidas, ou seja, os empregados e seus dependentes, não poderão pagar, acabarão excluídos e terão dificuldade de acesso à saúde. O SUS já não comporta o número de pessoas e os atendimentos hoje existentes. Como vai comportar a todos diante de um período de desinvestimento, quando também terá mais cortes em seu orçamento, já insuficiente?

Essa medida do governo de Michel Temer é mais uma ação que, somada aos programas de demissão voluntária, contribui para o desmonte dos serviços públicos e para a ameaça de privatização.A queda na qualidade no atendimento e nos serviços tem a finalidade de abrir brechas para os argumentos dos que pregam a entrega do controle do que é público para o setor privado, em geral controlado por poucas e grandes corporações.

O acordo coletivo de trabalho (ACT) vigente até o dia 31 de agosto protege os trabalhadores da CAIXA e seus dependentes das mudanças nas regras para o custeio dos planos de saúde trazidas por resoluções da Comissão Interministerial de Participações Societárias da União (CGPAR). Mas mesmo assim a situação é preocupante, o SAÚDE CAIXA está seriamente ameaçado.

Independentemente da mudança nas regras, vale agora que o acordado está acima do legislado. Os trabalhadores não podem ser ingênuos, há que se ter consciência de que a Caixa vai fazer pressão e que haverá sanções contra as empresas que não se adequarem Hoje os trabalhadores não estão tendo reajustes, e ainda têm de pagar aportes para o seu plano de aposentadoria complementar (FUNCEF) , que em abril chegará em 20,45% do salário.

Como poderão sobreviver aqueles que trabalharam durante 25, 30 ou mais anos de dedicação à empresa? Tais resoluções são uma agressão aos direitos dos bancários da CAIXA. Resolução não é lei, nem decreto. É a expressão pública da vontade do acionista majoritário, a declarar suas metas administrativas, mas em total desrespeito à vida humana, é um retrocesso imenso tal como a cobrança da participação do empregado por faixas etárias.

Somente a união de todos, representantes sindicais, funcionários da ativa e aposentados numa luta incansável para reverter este quadro, mais uma vez a união das classes mostrará a esse governo corrupto e incompetente que não se mexe nos direitos dos trabalhadores sem nenhuma conseqüência.

 


Bookmark and Share
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Erechim e Região ::

©2012 Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Erechim e Região

Todos os direitos reservados

Avenida Maurício Cardoso, 335, Sala 202
CEP 99700-426 - Erechim - RS
Fonex/Fax: (54) 3321 2788
seeb@bancarioserechim.org.br

Municípios da Base: Erechim, Aratiba, Áurea, Barão do Cotegipe, Barra do Rio Azul, Barracão, Benjamim Constant do Sul, Cacique Doble, Campinas do Sul, Carlos Gomes, Centenário, Cruzaltense, Entre Rios do Sul, Erebango, Erval Grande, Estação, Floriano Peixoto, Gaurama, Getúlio Vargas, Ipiranga do Sul, Itatiba do Sul, Jacutinga, Machadinho, Maximiliano de Almeida, Marcelino Ramos, Mariano Moro, Paim Filho, Paulo Bento, Ponte Preta, Quatro Irmãos, São José do Ouro, São João da Urtiga, São Valentim, Severiano de Almeida, Três Arroios, Viadutos, todos no Estado do Rio Grande do Sul.

 Superativa | Orby